História
S. João da Ribeira
Presume-se que as origens de São João da Ribeira, que autrora se chamava "São João Baptista da Ribeira", remontem à época da Reconquista Cristã. Já existia em 1111, sendo nesta época um lugar de significativa importância, como o comprovam a sua Torre Mourisca e o Castro do Monte de São Gens.
O antigo dono da Quinta do Seabra era o Dr. José Seabra da Silva, Ministro e Ajudante do Marquês de Pombal, natural de Vilela, onde nasceu em 31 de Outubro de 1732. Por intrigas contra ele movidas foi desterrado em 1771 e mais tarde preso nas masmorras do castelo de São João da Foz, no Porto. Proclamada D. Maria I, transferiram-no para o Rio de Janeiro e depois para um presídio de Angola. Em 1788, no tempo de D. João VI volta a ser Ministro, mas em breve, por novas intrigas, volta outra vez a ser violentamente destituído de todos os seus cargos públicos.
Os serviços religiosos desta freguesia estavam dependentes do Convento dos Lóios, de Santarém, até 1834; depois passou a reitoria. No administrativo, S. João da Ribeira foi lugar importante que chegou a ser sede do concelho de Rio Maior, segundo Decreto de 3 de Janeiro de 1847, tendo pertencido anteriormente ao concelho de Santarém.
Ribeira de S. João
A localidade da Ribeira de S.João assenta sobre o antigo leito do rio Maior, que se tornou um complexo aluvial, zona de materiais como areias e cascalheiras provenientes da destruição das rochas e transportadas pelas águas correntes. Esta formação geológica remonta ao período do Paleolítico Médio.
O seu rio, foi uma força motriz dos seus moinhos e azenhas. As terras que hoje são parte integrante da freguesia foram no inicio do século XVI da titularidade de Pedro Álvares Cabral, que com a sua morte em 1520, passaram para a sua viúva D. Isabel de Castro, que veio a falecer em 1538.
No lugar da Ribeira de S. João, nas fazendas da Barreira, apareceu a um homem, quando este andava com o arado no amanho da terra, no lugar onde hoje é venerada, levada a imagem por diversas vezes para a igreja de S. João Batista da Ribeira, não tardou a desaparecer, aparecendo sempre no mesmo local. Daí ter sido erguida a pequena Ermida no século XV.
Esta ermida consta das «memórias paroquiais» de 1758, cujo vigário Carlos José Moura, faz a sua referência, relatando que a ermida estava sob administração do povo. Esta antiga ermida foi elevada à categoria de Igreja Paroquial, aquando da instituição canónica de Ribeira de S. João, em 1985, um ano depois da criação da freguesia.